Curso de Oratória – Aula 01 – Os Benefícios de uma Oratória Convincente

FALAR BEM NÃO É UM DOM, você pode aprender isso!

SE VOCÊ É ALGUÉM QUE PRECISA FALAR EM PÚBLICO E NÃO SABE COMO FAZER, quais as técnicas envolvidas, quero te convidar a conhecer o meu CURSO DE ORATÓRIA.

ELE É DIFERENTE DE TODOS OS QUE VOCÊ JÁ VIU, e nele eu vou te ensinar a vencer o medo de falar em público e te mostrar e ajudar a eliminar os principais erros que um orador pode cometer.

Tenho certeza que esse seminário vai elevar você a um novo nível. NÃO IMPORTA EM QUE ÁREA VOCÊ ATUA, NEGÓCIOS, IGREJA, VENDAS, ETC. esse seminário trará um grande benefício pra você.

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Seis coisas sobre o Apóstolo Paulo/Série Curiosidades

Paulo, não conheceu Jesus pessoalmente, mas foi um dos principais responsáveis pela pregação e ensino da mensagem de Cristo ao mundo helênico (mundo grego). Ele era judeu e tinha cidadania romana. Paulo era seu nome Romano, Saulo era a pronúncia adotada no mundo grego, e Shaul (era seu nome original). Era perseguidor dos cristãos e sua conversão se deu numa de suas cruzadas onde teve um encontro com Jesus. (Atos 9).

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Como Interpretar a Bíblia/Hermenêutica Descomplicada

Interpretação da Bíblia é o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado de um texto (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central. A interpretação deve ser conduzida dentro do contexto textual e histórico, analisando o significado das palavras (etimologia e exegese) e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto).

Série Hermenêuticas Descomplicada https://www.youtube.com/watch?v=FtgTNZrzQGc&list=PLjA2M5dOD0nBUFjA9RTEEUSLcHuq4E8uL ______________________________

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4 Coisas que você Precisa Saber Antes de Pregar/;Hermenêutica Descomplicada

Observação, Interpretação, Correlação e Aplicação são os quatro pontos importantes de uma pregação que você precisa conhecer, entender e sobretudo usar quando for pregar. Nesse vídeo eu vou explicar cada um deles. Assista até o final, será importante pra você. Se gostar compartilhe e ajude o nosso canal.

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Que é a verdade? Série Etimologias

Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? (João 18:38a) Será que Pilatos queria mesmo saber de Jesus o que era a verdade? Ou será que foi um insulto e uma resposta indiferente às palavras de Jesus? A palavra grega para “verdade” é alētheia. Ela transmite a ideia de que a verdade está sempre disponível, aberta e acessível para que todos a possam ver, sem nada escondido ou obscuro. O termo hebraico אמת ’emeth tem o mesmo sentido significando verdade, certeza, credibilidade, estabilidade, constância, confiabilidade.

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Vida/Série Teologia

Vida – O termo no latim é vita, no hebraico é Chaym, no grego é βίου/biós (a vida) ou ζωήν/zoín (vida). A Vida é a maravilha da existência. É o estado de atividade constante que decorre do nascimento à morte. Vou falar sobre a vida em 7 níveis. Se você gostar compartilhe.

A Bênção sacerdotal (em hebraico, Birkat Kohanim, ברכת כהנים) Série Etimologias

A Bênção sacerdotal (em hebraico, Birkat Kohanim, ברכת כהנים), também chamada de Nesiat Kapayim (“estender as mãos”), ou Bênção Aarônica, é recitada nos serviços judaicos nas sinagogas. Ela é baseada na escritura de Números 6. 23-27.

יְבָרֶכְךָ יְהוָה, וְיִשְׁמְרֶךָ

Yevarechecha Adonai veishmerecha

יָאֵר יְהוָה פָּנָיו אֵלֶיךָ, וִיחֻנֶּךָּ

Ya’er Adonai panav eleicha vichunecha

יִשָּׂא יְהוָה פָּנָיו אֵלֶיךָ, וְיָשֵׂם לְךָ שָׁלוֹם Yissa

Adonai panav eleicha veyasem lecha shalom

Adoração – O que é? Série Etimologias

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Adoração é um termo cuja etimologia está no hebraico ʿAvodá  עבודה significando trabalho, serviço, ritual, adoração.

O correspondente grego é λατρεια latreia, serviço ou ministério.

É o serviço a Deus, o serviço e adoração a Deus de acordo com os requerimentos da lei levítica. O maior meio para uma adoração eficaz é תהלה t ̂ehillah: louvor, cântico ou hino de louvor, adoração, ação de graças (rendida a Deus). Ato de louvor geral ou público. Louvor (tributado a Deus pelas suas qualidades, atos ou atributos).

“Não Olhe Para Cima” – Por Pastor Luiz Antonio – Me.

“Não Olhe Para Cima” conta a história de Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence), dois astrônomos que fazem uma descoberta surpreendente de um cometa orbitando dentro do sistema solar que está em rota de colisão direta com a Terra. Com a ajuda do doutor Oglethorpe (Rob Morgan), Kate e Randall chegam ao escritório da Presidente Orlean (Meryl Streep) e de seu filho, Jason (Jonah Hill). Eles têm apenas seis meses para ganhar a atenção do público obcecado pelas mídias sociais e convencê-los da terrível realidade antes que seja tarde demais.

Muita gente já falou sobre esse filme. Mas eu sei que um assunto tem muitos pontos de vista e várias camadas que podem ser exploradas. Eu vou explorar hoje a camada religiosa, bíblica e teológica desse filme.

Niilismo/Série Conceitos Teológicos e Filosóficos/ Por PAstor Luiz Antonio-Me.

O niilista é a pessoa que não vê sentido no universo e na existência humana. Para o nihilista, não existe nenhum motivo para a existência, nós estamos aqui, por obra do acaso. Se você é o tipo de pessoa que vê algum sentido na existência tanto particular do ser humano quanto do universo como um todo, você não é niilista.

Nietzsche é o niilista-clássico. É com Nietzsche que o niilismo alcança seu mais alto grau de teorização. Nietzsche não aceita o metafísico, nem o espiritual.

Nietzsche via a vida dotada de sentido em si mesma, não necessitando da criação de ficções, de divindades, ou mesmo de um Deus com letra maiúscula pra dar sentido a essa vida.  Apesar de niilista Nietzsche também se considerava um crítico do niilismo, e sua principal crítica era sobre o cristianismo.

Para ele, os cristãos não viam sentido na vida, por isso, precisavam criar um Deus para dar sentido à sua existência.

O termo Niilismo vem (do latim nihil, nada). É uma doutrina filosófica que atinge a (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral).

O Niilismo tem uma visão cética, radical e pessimista em relação às interpretações da realidade que anula certos valores e convicções daquilo que tradicionalmente se chama de verdade.

O Niilismo é a desvalorização e a morte do sentido das coisas, e, nesse sentido, até Deus morre! Você já ouviu a frese “Deus está morto” (em alemão: Gott ist tot) do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Aparece pela primeira vez em “A Gaia Ciência”.

No Niilismo os valores tradicionais e os “princípios e critérios absolutos daquilo que tradicionalmente se chamou de verdade são depreciados e se dissolvem para dar lugar a uma nova concepção”. Tudo é posto radicalmente em discussão. As verdades imutáveis, os valores tradicionais são postos em xeque.

O niilismo é considerado pelo cristianismo um movimento “negativo” quando assume que Deus e a imortalidade não existem. Isso me leva pensar no célebre raciocínio dedutivo ilustrado pela frase de Ivan Karamazov, em Os Irmãos Karamazov personagem de Dostoiévski: “Se Deus não existe, então tudo é permitido”.

O Niilismo existencial argumenta que a vida é sem sentido, sem objetivo, sem propósito ou valor intrínseco.

Então, o niilista é a pessoa que não vê sentido no universo, pois para ele um ser humano ou toda a humanidade não pode mudar em nada a totalidade da existência. Por isso o niilista considera a própria existência, bem como toda a ação, sofrimento e sentimento sem sentido e vazia, já que não tem poder de mudar nada.

Nietzsche apresenta o niilismo como:

Niilismo passivo – o niilismo passivo, ou incompleto é uma oposição à moral cristã, nega que a vida deva ser regida por qualquer tipo de padrão moral ou por Deus ou um mundo superior. Segundo ele, essa moral e padrão regidos por Deus fazem com que o homem viva uma mentira, desperdiçando sua vida.

Niilismo ativoou niilismo-completo, é onde Nietzsche se colocava, como o primeiro niilista, como o niilista-clássico ressignifica os valores, e com uma atitude mais ativa renegando os valores metafísicos e espirituais, redirecionando sua força para a destruição da moral. Para Nietzsche, o objetivo final do niilismo é o momento em que o homem nega os valores de Deus, e se como criador de novos valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, ele se torna no Übermensch é usualmente traduzido como Superman, o Além-homem.

A Mente de Deus/Série Teologia/Por Pastor Luiz Antonio- Me.

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O conhecimento de Deus é onisciente porque Deus, de maneira inteiramente única, conhece todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. Deus é presciente também, significa que Deus conhece tudo de modo prévio. Como Deus, além de conhecer tudo de antemão, Ele conhece previamente as ações livres dos homens, e pode decretar coisas de acordo com sua presciência para a continuidade da boa ordem no universo da existência. No vídeo tem muito mais sobre a mente extraordinária do Deus Eterno.

O logos e o cosmos no estoicismo – Série Conceitos Teológicos e Filosóficos – por Pastor Luiz Antônio – Me.

Hoje nós vamos falar um pouquinho sobre como o estoicismo vê o universo, vê o Cosmos. Nós vamos fazer isso porque no artigo passado onde eu falei sobre o logos de João e o logos da filosofia eu mencionei como era/é a visão estóica do logos, e aí pediram pra eu repercutir um pouco mais essa ideia estoicista do logos e do cosmos.

A escola estoica foi criada por Zenão de Cítin, na cidade de Atenas, cerca de 300 a.C., porém a doutrina ficou efetivamente conhecida ao chegar em Roma. De modo que quando a gente fala de estoicismo a gente está falando de estoicismo ao romano. O seu tema central defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional.

O estoicismo tem 3 pilares no seu conceito filosófico.

O primeiro é a physis que é a base do pensamento, a physis é a realidade do universo, tudo o que existe.

Depois o logos. O logos é a forma como o estoicista entende o universo, a forma como a sua mente compreende o funcionamento do universo, e o logos é o responsável por manter a ordem no universo, é essa ordem perfeita do universo o que o filósofo chama de belo. Então em filosofia quando a gente fala que o LOGOS é a inteligência do cosmos ordenado e também o princípio de ordem e beleza universal, não é da beleza minha ou sua que nós estamos falando, mas da beleza da ordem do funcionamento das coisas no universo.

E por fim o terceiro pilar do pensamento estoicista é a ética. A ética no estoicismo nada mais é do que viver de acordo com essa lei universal geral. Já que no estoicismo o universo é vivo, ele como macrocosmo rege o microcosmo que somos nós.

Tendo em vista que o cosmos no pensamento estoicista é vivo, é a lei determinante do microcosmos/nós, a partir daí, a gente consegue entender o que é a ética no estoicismo. No estoicismo a ética é procurar descobrir essa lei, o sentido dessa lei cósmica que rege o universo e viver de acordo com ela.

A physis é a realidade, é o mundo físico, o logos é o que rege esse mundo físico, e nós dentro desse dessa physis/realidade procuramos viver de acordo com ela e assim nós estaremos vivendo de acordo com a ética estoicista.

De acordo com o estoicismo, quanto mais a gente se acha de acordo com essa ética universal, com essa lógica universal, com esse logos, tanto mais ético a gente é.

O LOGOS na filosofia estoicista é a inteligência do cosmos ordenado e também o princípio de ordem e beleza universal. O cosmos é vivo, é inteligente, portanto, capaz de reger a existência.

Então para que você possa viver de acordo com o estoicismo você precisa viver de acordo com essa inteligência cósmica que é denominada de logos.

Então você percebe que quando um estoicista fala sobre o logos divino, ele não está de forma nenhuma falando do logos cristão/Jesus, que é pessoal.

O logos para o estóico é a totalidade da realidade, a totalidade do cosmos, a totalidade do universo, e essa totalidade da existência é viva, é real, e ela é quem rege a ordem no universo. Isso é bem diferente do conceito cristão de logos, ou da concepção cristã do cosmos.

O Deus cristão é transcendente, ou seja, ele está além da sua criação, ele não se mistura com ela, ele pode somente ser percebido na sua criação.

Por isso que eu digo que imanência no cristianismo deve ser vista de forma diferente da imanência na filosofia. A imanência no cristianismo “é a capacidade que Deus tem de ser percebido na obra que ele criou sem ser parte da obra criada” (PASTOR LUIZ ANTONIO), imanência na filosofia é Deus como parte da realidade existente.

É importante você decorar essa ideia cristã de transcendência e imanência, se você for um cristão, por que na imanência filosófica Deus se confunde com a criação, ele é parte da criação, na imanência cristã Deus está acima da criação, ele a transcende.

“Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”. (Salmo 19, 1).

Para finalizar então, e eu espero que você tenha compreendido, o Deus cristão é um Deus pessoal, inteligente, criador ex-Nihilo, que atua fora da realidade, é transcendente, enquanto o deus do estoicismo é inteligente, ordena o cosmos, mas é parte do cosmos.

O Logos filosófico e o logos de João/Série Etimologias/Por Pastor Luiz Antonio – Me.

O “LOGOS” NA FILOSOFIA GREGA pode ser considerado como O CONCEITO PARA RAZÃO COMO TAMBÉM UM PRINCÍPIO DE ORDEM E BELEZA UNIVERSAL.

Para Heráclito, filósofo grego, o primeiro a usar o termo, “logos” era o conceito responsável pela conexão entre o discurso racional e a estrutura racional do mundo. Para Heráclito o logos é uma entidade universal que opera de forma independente.

Heráclito defendeu que todas as coisas existem em acordo com o logos e, embora as pessoas vivam como se tivessem seu próprio entendimento privado, o logos é comum a todos e é uno.

Mas para Aristóteles, o logos seria algo mais que o entendimento comum, para ele o logos/razão diferencia o ser humano dos animais, dando a compreensão do que é bom do que é mal, do que é benéfico do que é prejudicial, do justo e injusto.

Isocrates, chamado de o Pai da Oratória, concentrou-se na ideia do logos como gerador de uma sociedade consciente e ética. Seu objetivo, ao defender esta abordagem, foi o estabelecimento do bem comum por meio da compreensão da filosofia e aplicação do logos, com foco no discurso e na razão.

Os Filósofos estoicos também se apropriaram do termo, como o princípio gerador do universo, para os estoicos o logos seria uma lei, que rege a maneira como o universo funciona.

Para os FILÓSOFOS ESTOICOS o logos em parte estaria presente nos seres humanos. E num sentido mais amplo, os estoicos falaram de um logos material, identificado com a natureza.O conceito de logos dos Filósofos estoicosinfluenciou os neoplatonistas, em sua busca por um princípio.

PLOTINO, O PRIMEIRO NEOPLATÔNICO, interpretou o logos como a realidade fundamental que dá suporte a toda a existência.

AGOSTINHO DE HIPONA procurou reinterpretar o conceito de logos de Platão e Aristóteles à luz do cristianismo.

AGOSTINHO DESCREVEU O LOGOS COMO “A PALAVRA ETERNA DIVINA”, COM ATRIBUTOS DE VERDADE E SABEDORIA, que estaria presente no Messias judaico cristão mais do que em qualquer outra pessoa.

JOÃO EVANGELISTA vai além de Agostinho descrevendo o LOGOS não só como pessoa, mas como Deus eterno e preexistente.

Referências bibliográficas:

ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Introdução Goffredo Telles Júnior. Tradução Antônio Pinto de CARVALHO. Rio de Janeiro: Editora Ediouro – Tecnoprint, 1979.

REAL, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Patrística e Escolástica.2.ed. São Paulo: Paulos, 2005, v.2.

SMITH, William. “Philola’us”. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. ed. (1870).

SPINELLI, Miguel. Questões Fundamentais da Filosofia Grega. São Paulo. Loyola, 2006.

W. K. C. Guthrie, A History of Greek Philosophy, vol. 1, Cambridge University Press, 1962.

Ágape ou Philo, qual termo grego Pedro usou para dizer a Jesus que o Amava?/Série Etimologias/Por Pastor Luiz Antonio-Me.

ÁGAPE (ἀγάπη agápē): significa “amor” no grego. É usado pelos escritores bíblicos para significar o amor de Deus. Mas este amor é sentido também por pessoas cheias do Espírito Santo. Este amor existe primeiro em Deus, e em grau bem inferior, também pode ser visto em nós. PHILIA (φιλία philía/filia) é “amizade” no grego, indica um amor virtuoso e desapaixonado. É o tipo de amor relacionado à amizade e companheirismo, é descrito como o amor entre amigos e irmãos. PHILOS (φίλος filos/phílos) significa “amigo”, é a lealdade baseada na confiança. É o oposto de hostil, odiador e inimigo (ἐχθρός ekhthrós/echthros).

Ágape – O Amor de Deus em Nós/Série Etimologias/Por Pastor Luiz Antonio-Me.

ÁGAPE (ἀγάπη agápē): significa “amor” no grego. A palavra foi usada por vários escritores da Bíblia. ÁGAPE (ἀγάπη agápē) não representa apenas o amor divino, incondicional, e de auto-sacrifício, mas também o amor praticado por pessoas inspiradas pelo Espírito Santo. Este amor existe primeiro em Deus, mas em grau inferior, também pode ser visto em nós. Assista o vídeo para mais informações.

Palavras Gregas para o Amor/Pastor Luiz Antonio Me.

Palavras gregas para o amor

língua grega é uma língua de vocábulos conceituais. (conceito significa “conter completamente”, “formar dentro de si”). O conceito é aquilo que a mente concebe ou entende, é uma ideia ou noção, de uma realidade. Tendo em vista que o grego é uma língua conceitual, no grego antigo, nós encontarmos várias palavras para descrever o amor. Assista o video para descobrir quais são essas palavras. Se gostar se inscreva no nosso canal e envie para alguém que você goste!

O Quarto Homem na cruz – Série Teologia – Por Pastor Luiz Antonio Me. Th.M.

No episódio do Gólgota você pode ter deixado passar uma cena muito importante. Existe uma coisa implícita ali, que somente através de uma boa hermenêutica do texto nós vamos descobrir. Toda vez que olhamos para o Lugar da Caveira em pinturas ou através do texto bíblico, sempre vemos três homens, três cruzes, sendo a do meio a cruz importante. Mas havia ali um quarto homem.

Lendo esse artigo e vendo o vídeo você vai descobrir quem ele é.

A narrativa da crucificação de Jesus Cristo em Lucas 23 nos informa que dois homens morreram com Ele naquele dia:

“E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus. E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre. E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo. E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:32-43).

Mateus 27:44, nos informa a índole desses dois homens crucificados: eram ladrões, cujos crimes resultaram em sua sentença de morte. Em uma notável exibição de franqueza, rara em criminosos, um deles admitiu que ambos, ele e o outro, eram culpados e a sentença recebida era justa. Mas, ao contrário da multidão hostil dos observadores, este homem contrito afirmou que Jesus era inocente – Ele não era culpado de nada, dentro da lei romana não havia nada que justificasse sua crucificação.

No episódio da Cruz havia então:

O rebelde.

O contrito, convertido.

O Salvador.

E também “o quarto homem na cruz”.

Quem era ele?

O Apóstolo Paulo nos informa sobre este quarto homem na cruz.

“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” (Romanos 6: 6).

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20).

Pelas informações do Apóstolo Paulo concluímos que este Quarto homem na cruz, sou eu, é você.

O vídeo, além de ser uma investigação hermenêutica na intenção de descobrir quem é este quarto homem, é também uma aula teológica sobre como usar a hermenêutica e a exegese, duas ferramentas extraordinárias para a interpretação dos textos da Bíblia.

Por Pastor Luiz Antonio Me. Th.M.

A teologia da libertação

O artigo abaixo não é de autoria do Pastor Luiz Antonio, nem do blog “O Maná de Hoje”, está publicado aqui somente para fins de informação.

Fonte Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

teologia da libertação é uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, depois do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellín, que parte da premissa de que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres e especifica que a teologia, para concretizar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.[1][2]

É considerada como um movimento supradenominacional, suprapartidário e inclusivista de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais.[3] Ela foi descrita pelos seus proponentes como uma reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais, mas seus oponentes a descrevem como um marxismorelativismo e materialismo cristianizado. [4] [5]

A maior parte dos teólogos da libertação é favorável ao ecumenismo e à inculturação da . Embora o movimento tenha raízes anteriores, costuma-se dizer que seu marco inicial ocorreu em 1971, quando o padre peruano Gustavo Gutiérrez publicou um livro denominado A Teologia da libertação. O movimento nunca foi totalmente censurado pelo Vaticano, mas sofreu questionamentos quanto a algumas aproximações suas com o marxismo durante o pontificado de João Paulo II, que incumbiu o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger (futuro papa Bento XVI), de realizar tais advertências[6]. Atualmente, durante o pontificado de Francisco, existe o entendimento de que a igreja demonstra uma posição reconciliadora,[7] ainda que o pontífice já tenha refutado ligações com a teologia da libertação de Leonardo Boff[8] e jamais tenha apoiado os postulados de Gustavo Gutiérrez.[9] Outros expoentes são Frei Betto do BrasilJon Sobrino de El SalvadorLeonidas Proaño do Equador e Juan Luis Segundo do Uruguai.[10][11][12]

A influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1984 e 1986. A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.[13][14] A teologia da libertação também sofreu um forte declínio, desde os anos 90, devido ao envelhecimento de suas lideranças e a falta de participação das novas gerações nesse movimento.[15]

Princípios

O documento Libertatis nuntius da Santa Sé de 1984 assinado pelo então Cardeal Ratzinger (Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé) sobre a Teologia da Libertação[16] aponta como motivações da Teologia da Libertação:

  • A impaciência e o desejo de ser eficazes de alguns cristãos que, perdida a confiança em qualquer outro método, voltaram-se para a análise marxista.
  • Pensavam que uma situação intolerável exige uma ação eficaz que não pode mais ser adiada. Uma ação eficaz supõe uma análise científica das causas estruturais da miséria. O marxismo seria o instrumental para semelhante análise. Bastaria aplicá-lo à situação da América Latina
  • Uma concepção totalizante impõe a sua lógica e leva as teologias da libertação a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem. Com efeito, o núcleo ideológico, tomado do marxismo e, que serve de ponto de referência, exerce a função de princípio determinante.

Segundo o Pe. Alfredo J. Gonçalves,[17] o nascimento e o desenvolvimento da Teologia da Libertação na América Latina e no Caribe se deve basicamente a três fatores:[18]

  1. Situação política, econômica e social do continente: A Teologia da Libertação foi gestada durante os regimes antipopulares que governavam países do continente.
  2. O desenvolvimento do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais, entre elas a análise marxista eram utilizados para compreender a origem das contradições da sociedade, embora, segundo Gonçalves, o marxismo não fosse utilizado como ferramenta para construção do projeto social alternativo.
  3. Mudanças no âmbito da Igreja Católica. Do ponto de vista católico, algumas mudanças na Igreja possibilitaram o surgimento da Teologia da Libertação:
    1. A experiência da Ação Católica e seu método VER-JULGAR-AGIR. Esta pedagogia ajudou na busca de uma compreensão crítica da realidade e impulsionou uma ação transformadora.
    1. A realização do Concílio Vaticano II, entre 1962-1965 e a busca de diálogo da Igreja com o mundo moderno.
    1. Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em MedellínColômbia, ocorrida na vigência dos regimes militares.
    1. O enfrentamento dos regimes militares por parte dos bispos, quer através das conferências episcopais nacionais, quer por bispos isolados, como Dom Hélder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Oscar Romero, entre outros.

As mudanças ocorridas na sociedade desde então apresentam novos desafios da contemporaneidade, como o neoliberalismo econômico e a exclusão social, a globalização, o pluralismo cultural e religioso,[19] a crise das igrejas cristãs históricas ante o fenômeno da pós-modernidade.

Uma das instituições na América Latina que se dedicou a apologia da Teologia da Libertação é a “Unisinos“, instituição de ensino superior jesuíta do Rio Grande do Sul, que no final de 2011 promoveu o “Congresso Continental de Teologia”,[20] que reuniu muitas antigos proponentes da teologia da libertação, para fundir seus princípios com os documentos do Concílio Vaticano II, que completou 50 anos em 2011. Essa visão entra em choque com a interpretação que a Santa Sé e os Papas, responsáveis pelas próprias publicações dos documentos conciliares, e de sua interpretação desde então, esta foi reconfirmada no Sínodo em Roma no mesmo ano.[21]

Segundo Gustavo Gutiérrez:[22]

(…) o que aqui entendemos como teologia da libertação supõe uma relação direta e precisa com a práxis histórica. E essa práxis histórica é uma práxis libertadora. É uma identificação com os homens, com as raças, com as classes sociais que sofrem a miséria e a exploração, identificação com seus interesses e com suas lutas. É uma inserção no processo político revolucionário, para, a partir daí, viver e anunciar o amor gratuito e libertador de Cristo. Amor que vai até a própria raiz da exploração e da injustiça: a ruptura da amizade com Deus e com os homens. Amor que permite aos homens reconhecerem-se filhos do Pai e irmãos entre si.

Surgimento

teólogo peruano Gustavo Gutiérrez é considerado um dos fundadores da teologia da libertação

A Teologia da libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento, o Evangelho social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia antropo-política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos Estados Unidos.

Especialmente a publicação em 1965, pelo teólogo batista Harvey Cox, A Cidade Secular, como contraposição à obra clássica de Santo AgostinhoDe Civitate Dei, na qual defende que a divisão entre a cidade dos homens (o mundo terreno) e a cidade de Deus (o mundo espiritual), segundo ele a partir do século XX essa visão encontra-se superada pela contraposição entre a cidade dos operários oprimidos (o mundo proletário), a cidade dos donos do poder (o mundo geopolítico) e a cidade dos capatazes opressores (o mundo burguês).

O marco do nascedouro da Teologia da libertação porém, está na publicação da obra Uma teologia da esperança humana, de Rubem Alves, cujo título original era Em direção a uma Teologia da Libertação – sua tese de doutoramento no Princeton Theological Seminary.[23]

A primeira participação católica no lançamento da Teologia da Libertação foi a publicação da Teologia da Revolução, em 1970, pelo teólogo belga radicado no Brasil José Comblin. Em 1971, Gustavo Gutiérrez publicou Teologia da Libertação. Somente em 1972, Leonardo Boff surge no cenário teológico com a publicação de Jesus Cristo Libertador. Como Rubem Alves estava asilado nos EUA neste período, Boff passou a ser o mais conhecido representante desta corrente teológica que vivia no Brasil, devido à proteção recebida pela ordem dos franciscanos, à qual ele pertencia.

O método destas teologias é indutivo: não parte da Revelação e da Tradição eclesial para fazer interpretações teológicas e aplicá-las à realidade, mas partem da interpretação da realidade da pobreza e exclusão e do compromisso com a libertação para fazer a reflexão teológica e convidar à ação transformadora desta mesma realidade. Ocorre também uma crítica à teologia moderna e sua pretensão de universalidade. Consideram esta teologia eurocêntrica e desconectada da realidade dos países periféricos.

Declínio

Alguns setores mais conservadores da Igreja Católica oponentes à teologia da libertação, e outros como a Renovação Carismática Católica chegam a afirmar que a Teologia da Libertação enfrenta um acentuado declínio nos últimos anos: “Quando um movimento ou instituição teima em garantir que está vivo é porque morreu e virou fantasma. A teologia da libertação já passou.”[15] Os motivos desse declínio dever-se-iam a perseguições, morte e envelhecimento de expoentes dessa corrente e a baixa adesão das novas gerações.

Reabilitação

A posição do Vaticano diante da Teologia da Libertação mudou sensivelmente desde a eleição do Papa Francisco, já que ele mesmo se formou na Argentina na “Teologia do Povo“.[24] Pouco depois de assumir o cargo, o Papa Francisco recebeu a 11 de setembro de 2013 ao padre dominicano Gustavo Gutiérrez, em um gesto visto por algumas pessoas como “um passo para a reabilitação total da Teologia da Libertação”.[25]

Em 2004, o cardeal Gerhard Ludwig Müller e Gustavo Gutiérrez publicaram um livro na Alemanha, Pobres e para os Pobres. Müller foi nomeado em 2012 como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e em 2014 foi reimpresso seu livro em italiano, com prólogo do proprio Papa Francisco, abrindo o caminho para o que alguns especialistas consideram como uma “Teologia da Libertação normalizada”, o que agora causa uma atenção considerável.[26][25]

No dia 3 de fevereiro de 2015 o Papa Francisco aprovou o decreto de beatificação da Congregação para as Causas dos Santos, que declarou ao arcebispo de San SalvadorÓscar Romeromártir da Igreja, assassinado por «ódio à fé».[27] Dom Romero defendia ativamente a “opção preferencial pelos pobres” e tornou-se um dos símbolos da Teologia da Libertação na América Latina.[27]

Por outro lado, em seu discurso aos dirigentes da Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Papa Francisco alertou para o risco da ideologização da mensagem evangélica quando a teologia toma como base as ciências sociais:

(…) esse método pode levar ao reducionismo socializante. É a ideologização mais fácil de descobrir. Em alguns momentos, foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma hermenêutica de acordo com as ciências sociais.[28]

Crítica

Acusa-se tal movimento de ser condescendente com a culpabilidade da Igreja, que segundo estudiosos, é bem menor do que julgam os promotores, e de deturpar o caminho divino, colocando-o em segundo plano diante da missão terrena de ajudar os pobres.

Integrantes do movimento afirmam que este movimento sempre foi baseado em ideais de amor e libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica). Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras. Por outro lado, alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados pela Santa Sé e por várias igrejas protestantes, como por exemplo o fato dos adeptos da Teologia da Libertação defenderem um papel político significativo para as igrejas, e pela utilização do marxismo como base ideológica e metodológica do movimento.[29]

Segundo o teólogo e ex-dominicano Matthew Fox, proibido, pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, de ensinar a Teologia da Libertação e posteriormente expulso da ordem à qual pertencera por 34 anos, “a CIA esteve envolvida, especialmente com o Papa João Paulo II, no esmagamento da Teologia da Libertação em toda a América do Sul, substituindo líderes do movimento teológico que se deturpa da doutrina da Igreja Católica (explicado em sua totalidade pelo então Cardeal Joseph Ratzinger), inclusive bispos e cardeais, por integrantes da Opus Dei, uma prelazia pessoal fundada por São José Maria Escrivá”.[30][31]

Posição da Igreja Católica

Na Igreja Católica, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre esta teologia, Libertatis nuntius (“Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação”), em 1984,[32] e Libertatis Conscientia, de 1986,[33] embora nunca tenha condenado formal e definitivamente a Teologia da Libertação.

Os documentos, defendem a importância do compromisso radical para com os pobres, com ressalvas por fazer uma releitura marxista e de outras ideologias políticas da religião, por serem elas incompatíveis com a doutrina católica. Outros afirmam que o que ocorreu não foi uma crítica ou repressão ao movimento em si, mas sim correção de certos exageros de alguns de seus representantes (como sacerdotes mais tendentes à política). O Papa João Paulo II dirigiu uma carta à CNBB, em 9 de abril de 1986, pedindo o verdadeiro desenvolvimento desta teologia, ao excluir-se seus princípios incorretos:[34]

Na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica experiência da Igreja neste País, tão eficazes e construtivas quanto possível e ao mesmo tempo consonantes e coerentes com os ensinamentos do Evangelho, da Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os senhores, de que a Teologia da Libertação é não só oportuna, mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa – em estreita conexão com as anteriores – daquela reflexão teológica iniciada com a tradição apostólica e continuada com os grandes padres e doutores, com o magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico patrimônio da Doutrina Social da Igreja expressa em documentos que vão da Rerum Novarum a Laborem Exercens.

A carta do Papa aos bispos brasileiros expressa, ainda: “Os pobres deste país, que tem nos senhores os seus pastores, os pobres deste continente são os primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los.” Para concluir, o texto incita ao verdadeiro desenvolvimento da Teologia da Libertação “de modo homogêneo e não heterogêneo com relação à teologia de todos os tempos, em plena fidelidade à doutrina da Igreja, atenta a um amor preferencial e não excludente nem exclusivo para com os pobres.”

Assim a Igreja Católica rejeita qualquer doutrina que foque exclusivamente nos aspectos materiais do homem, e exclua Deus. Desse modo, o então Cardeal Ratzinger, no retiro espiritual que pregou ao Papa João Paulo II, e aos Cardeais em 1986, escreveu:

Sem resposta para a fome da verdade, sem cura das doenças da alma ferida por causa da mentira ou, numa palavra, sem a verdade e sem Deus, o homem não se pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na sua visão do mundo como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo ele, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago”.[35]

E perguntou o Cardeal Ratzinger, falando aos Cardeais: “Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o anúncio da verdade de Deus, para antes fazer as coisas “mais necessárias”? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo”.[35]

Relação com o Marxismo

A relação da teologia da libertação com o marxismo pode ser explicada a partir do conceito de Max Weber de afinidade eletiva. Esse conceito é articulado ao tema por Michael Löwy[36] para analisar o surgimento da Teologia da Libertação, que se deu por meio de convergências, da eleição, da seleção de alguns aspectos e elementos do cristianismo e do marxismo em uma determinada circunstância histórica.

O cristianismo se aproxima do marxismo na década de 1960 na América Latina. Luigi Bordin[37] contextualiza o período de rompimento com a teologia clássica: um período de fracasso do modelo econômico desenvolvimentista, de queda dos regimes populistas e ascensão dos setores populares da sociedade. Com o advento político de crises e cisões, uma tão importante instituição, a Igreja Católica, não poderia ficar imune. A teologia também sofreu uma crise, uma crise interna, de seus próprios ideais e fundamentos.

A teologia da libertação surge como resultado de uma prática libertadora de leigos, padres e bispos junto a movimentos sociais, prática que ganhou impulso a partir das conferências de Medelín e Puebla, auxiliando-os em questões também referentes a vida material. A exemplo, temos os trabalhos da Comissão Pastoral da Terra junto aos camponeses e sua luta pela reforma agrária e as populações indígenas pela demarcação de terras, ou das Comunidades Eclesiais de Base junto às favelas.

As convergências se deram além da análise da sociedade, pois dessa prática junto aos pobres surge a ideia que só por meio da luta dos mesmos se alcançaria a libertação, tal como no marxismo. A Revolução Sandinista é a expressão máxima dessa relação entre cristianismo e marxismo, no qual cristãos, leigos e parte do clero, não são aliados dos marxistas apenas estrategicamente, mas também compõem a vanguarda revolucionária sem abdicar sua religião.

Assim, a incorporação seletiva de aspectos do marxismo para a compreensão e ação na vida material ao cristianismo, fundamentado principalmente no Evangelho, que busca a libertação do homem confluem na teologia da libertação.

Críticas a reposicionamentos

Clodovis Boff, professor da PUC/PR e importante teórico da Teologia da Libertação, irmão do padre afastado de suas funções sacerdotais Leonardo Boff, escreveu um longo artigo[38] apontando importantes desvios na teologia da libertação. Sintetiza sua crítica em dois pontos: “a Teologia da Libertação (…) devido à sua ambiguidade epistemológica, acabou se desencaminhando: colocou os pobres em lugar de Cristo. Dessa inversão de fundo resultou um segundo equívoco: instrumentalização da fé “para” a libertação. Erros fatais, por comprometerem os bons frutos desta oportuna teologia.”

Com o envelhecimento de seus mais importantes teólogos, vozes importantes de dentro do movimento passaram a apoiar o reposicionamento da Teologia da Libertação como Teologia da Cidadania.[39]

Fórum Mundial de Teologia e Libertação

Os teólogos da libertação atualmente reúnem-se no Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Este fórum surgiu de um encontro de teólogos durante o III Fórum Social Mundial, em 2003.[40] O primeiro Fórum Mundial ocorreu em Porto Alegre, em janeiro de 2005. O II Fórum ocorreu em janeiro de 2007 em Nairóbi, capital do Quênia, com o tema “Espiritualidade para outro mundo possível”. Estes Fóruns antecedem o Fórum Social Mundial (FSM). O último fórum ocorreu em Belém (Pará) de 21 a 25 de janeiro de 2009. Seu tema geral foi Água, Terra, Teologia – para outro mundo possível. A proposta do fórum é reunir teólogos e teólogas cristãs dos diversos continentes que trabalhem com o tema da libertação, em todas as suas dimensões, tornando-se “um espaço de encontro para reflexão teológica de alternativas e possibilidades de mundo, tendo em vista contribuir para a construção e uma rede mundial de teologias contextuais marcadas por perspectivas de libertação”.[41]

O IV Fórum Mundial de Teologia e Libertação foi realizada de 5 a 11 de fevereiro de 2011, em Dacar, Senegal, junto ao 10º Fórum Social Mundial.[42] No evento estiveram presentes cerca de 110 teólogos e teólogas de diversas tradições religiosas e de diferentes partes do mundo, com o objetivo de promover o diálogo entre as religiões e as práticas sociais.

Lista de teólogos da libertação

Ver também

Referências

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Pacto de Lausanne

O artigo abaixo não é de autoria do Pastor Luiz Antonio, nem do blog “O Maná de Hoje”, está publicado aqui somente para fins de informação.

INTRODUÇÃO

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.

1. O Propósito de Deus

Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.

(Isaías 40:28; Mateus 28:19; Efésios 1:11; Atos 15:14; João 17:6,18; Efésios 4:12; 1 Coríntios 5:10; Romanos 12:2; 2 Coríntios 4:7)

2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.

(2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:21; João 10:35; Isaías 55:11; 1 Coríntios 1:21; Romanos 1:16, Mateus 5:17,18; Judas 3; Efésios 1:17,18; 3:10,18)

3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo

Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se ofereceu a si mesmo como único resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e os homens. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como “o Salvador do mundo” não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

(Gálatas 1:6-9; Romanos 1:18-32; l Timóteo 2:5,6; Atos 4:12; João 3:16-19; 2 Pedro 3:9; 2 Tessalonicenses 1:7-9; João 4:42; Mateus 11:28; Efésios 1:20,21; Filipenses 2:9-11)

4. A Natureza da Evangelização

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e creem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

(1 Coríntios 15:3,4; Atos 2:32-39; João 20:21; 1 Coríntios 1:23; 2 Coríntios 4:5; 5:11,20; Lucas 14:25-33; Marcos 8:34; Atos 2:40,47; Marcos 10:43-45)

5. A Responsabilidade Social Cristã

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

(Atos 17:26,31; Gênesis 18:25; Isaías 1:17; Salmo 45:7; Gênesis 1:26,27; Tiago 3:9; Levítico 19:18; Lucas 6:27,35; Tiago 2:14-26; João 3:3,5; Mateus 5:20; 6:33; 2 Coríntios 3:18; Tiago 2:20)

6. A Igreja e a Evangelização

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

(João 17:18; 20:21; Mateus 28:19,20; Atos 1:8; 20:27; Efésios 1:9,10; 3:9-11; Gálatas 6:14,17; 2 Coríntios 6:3,4; 2 Timóteo 2:19-21; Filipenses 1:27)

7. Cooperação na Evangelização

Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

(João 17:21,23; Efésios 4:3,4; João 13:35; Filipenses 1:27; John 17:11-23)

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização

Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante autoexame que as levem a uma avaliação correta de sua efetividade como parte da missão da igreja.

(Romanos 1:8; Filipenses 1:5; 4:15; Atos 13:1-3; 1 Tessalonicenses 1:6-8)

9. Urgência da Tarefa Evangelística

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

(João 9:4; Mateus 9:35-38; Romanos 9:1-3; 1 Coríntios 9:19-23; Marcos 16:15; Isaías 58:6,7; Tiago 1:27; 2:1-9; Mateus 25:31-46; Atos 2:44,45; 4:34,35)

10. Evangelização e Cultura

O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

(Marcos 7:8,9,13; Gênesis 4:21,22; 1 Coríntios 9:19-23; Filipenses 2:5-7; 2 Coríntios 4:5)

11. Educação e Liderança

Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

(Colossenses 1:27,28; Atos 14:23; Tito 1:5,9; Marcos 10:42-45; Efésios 4:11,12)

12. Conflito Espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação do mundanismo em nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. Tudo isto é mundano. A igreja deve estar no mundo; o mundo não deve estar na igreja.

(Efésios 6:12; 2 Coríntios 4:3,4; Efésios 6:11,13-18; 2 Coríntios 10:3-5; 1 João 2:18-26; 4:1-3; Gálatas 1:6-9; 2 Coríntios 2:17; 4:2; João 17:15)

13. Liberdade e Perseguição

É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem quaisquer interferências. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que têm sido injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Nós não nos esquecemos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável.

(1 Timóteo 1:1-4; Atos 4:19; 5:29; Colossenses 3:24; Hebreus 13:1-3; Lucas 4:18; Gálatas 5:11; 6:12; Mateus 5:10-12; João 15:18-21)

14. O Poder do Espírito Santo

Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

(1 Coríntios 2:4; João 15:26;27; 16:8-11; 1 Coríntios 12:3; João 3:6-8; 2 Coríntios 3:18; João 7:37-39; 1 Tessalonicenses 5:19; Atos 1:8; Salmo 85:4-7; 67:1-3; Gálatas 5:22,23; 1 Coríntios 12:4-31; Romanos 12:3-8)

15. O Retorno de Cristo

Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a ideia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

(Marcos 14:62; Hebreus 9:28; Marcos 13:10; Atos 1:8-11; Mateus 28:20; Marcos 13:21-23; 1 João 2:18; 4:1-3; Lucas 12:32; Apocalipse 21:1-5; 2 Pedro3:13; Mateus 28:18)

CONCLUSÃO

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

[Lausanne, Suíça, 1974]

Hermenêutica Descomplicada – A questão Israel e Igreja na hora de interpretar a Bíblia – Por Pastor Luiz Antonio Me/Th.M.

Hermenêutica Descomplicada – A questão Israel e Igreja na hora de interpretar a Bíblia. Por Pastor Luiz Antonio Me/Th,M.

  1. Muitos fazem confusão Israel e Igreja na hora de interpretar assumindo que aquilo que se aplica ao Israel bíblico também se aplica à igreja. Outra confusão é Israel e nações modernas. Não podemos entender que coisas que se aplicam ao Israel bíblico também se aplicam às nações modernas.

E em relação às profecias também é importante evitar confusão Israel Igreja.

Há três regras simples para seguirmos:

1.  Interprete a profecia literalmente sempre que possível.

2. Profecias que dizem respeito a Israel não devem ser aplicadas à Igreja.

2.  E quando a passagem for simbólica, compare a Escritura com Escritura.

Interprete a profecia literalmente sempre que possível, porque Deus realmente queria dizer o que disse quando inspirou “homens que falaram inspirados pelo Espírito Santo” (l Pe 1.21) a escrever a Bíblia. Portanto, podemos considerar literalmente a Bíblia na maioria das vezes.

Quanto a passagens simbólicas, compare Escritura com Escritura. A Bíblia deverá interpretar a própria Bíblia!

Na maioria dos casos o texto é óbvio quando é simbólico. Quando não for este o caso, interprete literalmente. No livro do Apocalipse, por exemplo, o entendimento é difícil para alguns porque eles ten­tam espiritualizar os símbolos usados no livro.

Profecias que dizem respeito a Israel não devem ser aplicadas à Igreja.

      As “setenta semanas” por exemplo é uma profecia que diz respeito exclusivamente a Israel e a Jerusalém!

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