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Niilismo/Série Conceitos Teológicos e Filosóficos/ Por PAstor Luiz Antonio-Me.

O niilista é a pessoa que não vê sentido no universo e na existência humana. Para o nihilista, não existe nenhum motivo para a existência, nós estamos aqui, por obra do acaso. Se você é o tipo de pessoa que vê algum sentido na existência tanto particular do ser humano quanto do universo como um todo, você não é niilista.

Nietzsche é o niilista-clássico. É com Nietzsche que o niilismo alcança seu mais alto grau de teorização. Nietzsche não aceita o metafísico, nem o espiritual.

Nietzsche via a vida dotada de sentido em si mesma, não necessitando da criação de ficções, de divindades, ou mesmo de um Deus com letra maiúscula pra dar sentido a essa vida.  Apesar de niilista Nietzsche também se considerava um crítico do niilismo, e sua principal crítica era sobre o cristianismo.

Para ele, os cristãos não viam sentido na vida, por isso, precisavam criar um Deus para dar sentido à sua existência.

O termo Niilismo vem (do latim nihil, nada). É uma doutrina filosófica que atinge a (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral).

O Niilismo tem uma visão cética, radical e pessimista em relação às interpretações da realidade que anula certos valores e convicções daquilo que tradicionalmente se chama de verdade.

O Niilismo é a desvalorização e a morte do sentido das coisas, e, nesse sentido, até Deus morre! Você já ouviu a frese “Deus está morto” (em alemão: Gott ist tot) do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Aparece pela primeira vez em “A Gaia Ciência”.

No Niilismo os valores tradicionais e os “princípios e critérios absolutos daquilo que tradicionalmente se chamou de verdade são depreciados e se dissolvem para dar lugar a uma nova concepção”. Tudo é posto radicalmente em discussão. As verdades imutáveis, os valores tradicionais são postos em xeque.

O niilismo é considerado pelo cristianismo um movimento “negativo” quando assume que Deus e a imortalidade não existem. Isso me leva pensar no célebre raciocínio dedutivo ilustrado pela frase de Ivan Karamazov, em Os Irmãos Karamazov personagem de Dostoiévski: “Se Deus não existe, então tudo é permitido”.

O Niilismo existencial argumenta que a vida é sem sentido, sem objetivo, sem propósito ou valor intrínseco.

Então, o niilista é a pessoa que não vê sentido no universo, pois para ele um ser humano ou toda a humanidade não pode mudar em nada a totalidade da existência. Por isso o niilista considera a própria existência, bem como toda a ação, sofrimento e sentimento sem sentido e vazia, já que não tem poder de mudar nada.

Nietzsche apresenta o niilismo como:

Niilismo passivo – o niilismo passivo, ou incompleto é uma oposição à moral cristã, nega que a vida deva ser regida por qualquer tipo de padrão moral ou por Deus ou um mundo superior. Segundo ele, essa moral e padrão regidos por Deus fazem com que o homem viva uma mentira, desperdiçando sua vida.

Niilismo ativoou niilismo-completo, é onde Nietzsche se colocava, como o primeiro niilista, como o niilista-clássico ressignifica os valores, e com uma atitude mais ativa renegando os valores metafísicos e espirituais, redirecionando sua força para a destruição da moral. Para Nietzsche, o objetivo final do niilismo é o momento em que o homem nega os valores de Deus, e se como criador de novos valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, ele se torna no Übermensch é usualmente traduzido como Superman, o Além-homem.