O “LOGOS” NA FILOSOFIA GREGA pode ser considerado como O CONCEITO PARA RAZÃO COMO TAMBÉM UM PRINCÍPIO DE ORDEM E BELEZA UNIVERSAL.
Para Heráclito, filósofo grego, o primeiro a usar o termo, “logos” era o conceito responsável pela conexão entre o discurso racional e a estrutura racional do mundo. Para Heráclito o logos é uma entidade universal que opera de forma independente.
Heráclito defendeu que todas as coisas existem em acordo com o logos e, embora as pessoas vivam como se tivessem seu próprio entendimento privado, o logos é comum a todos e é uno.
Mas para Aristóteles, o logos seria algo mais que o entendimento comum, para ele o logos/razão diferencia o ser humano dos animais, dando a compreensão do que é bom do que é mal, do que é benéfico do que é prejudicial, do justo e injusto.
Isocrates, chamado de o Pai da Oratória, concentrou-se na ideia do logos como gerador de uma sociedade consciente e ética. Seu objetivo, ao defender esta abordagem, foi o estabelecimento do bem comum por meio da compreensão da filosofia e aplicação do logos, com foco no discurso e na razão.
Os Filósofos estoicos também se apropriaram do termo, como o princípio gerador do universo, para os estoicos o logos seria uma lei, que rege a maneira como o universo funciona.
Para os FILÓSOFOS ESTOICOS o logos em parte estaria presente nos seres humanos. E num sentido mais amplo, os estoicos falaram de um logos material, identificado com a natureza.O conceito de logos dos Filósofos estoicosinfluenciou os neoplatonistas, em sua busca por um princípio.
PLOTINO, O PRIMEIRO NEOPLATÔNICO, interpretou o logos como a realidade fundamental que dá suporte a toda a existência.
AGOSTINHO DE HIPONA procurou reinterpretar o conceito de logos de Platão e Aristóteles à luz do cristianismo.
AGOSTINHO DESCREVEU O LOGOS COMO “A PALAVRA ETERNA DIVINA”, COM ATRIBUTOS DE VERDADE E SABEDORIA, que estaria presente no Messias judaico cristão mais do que em qualquer outra pessoa.
JOÃO EVANGELISTA vai além de Agostinho descrevendo o LOGOS não só como pessoa, mas como Deus eterno e preexistente.
Referências bibliográficas:
ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Introdução Goffredo Telles Júnior. Tradução Antônio Pinto de CARVALHO. Rio de Janeiro: Editora Ediouro – Tecnoprint, 1979.
REAL, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Patrística e Escolástica.2.ed. São Paulo: Paulos, 2005, v.2.
SMITH, William. “Philola’us”. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. ed. (1870).
SPINELLI, Miguel. Questões Fundamentais da Filosofia Grega. São Paulo. Loyola, 2006.
W. K. C. Guthrie, A History of Greek Philosophy, vol. 1, Cambridge University Press, 1962.
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